sexta-feira, 3 de maio de 2013

Nada além


Quem diria que duvidaria do certo e encontraria o incerto pelo caminho? Quem diria que se sentiria sozinho em meio a multidão? Que o frio seria maior? Que a vida seria sofrida, mas tão apegada àquele?
E quem diria que o medo seria o companheiro mais fiél? O amor um desamor, e as mãos um afeto?
Como poderia ser tão inseguro, sendo que eis a resposta estampada ali no mural das memórias? Mas quem diria que seria capaz de passar pelos dias como se não houvesse resenha alguma? Tão frágil, tão fraco.
Quem diria que do sangue tiraria as cores de seus dias, da luz seu encanto, e no vento teu abraço? Que sentiria tanta falta, e prazer?
Quem diria que na vida seria apenas um leigo qualquer? Que seus gritos seriam apenas um sussurro no ouvido de quem o quer? Que seus apelos se resumiriam a marcas secas de sangue nas paredes do segundo andar?
Quem diria que das canções os refrões seriam apenas manchas de uma história rasgada por um sopro do próprio coração? Que o sorriso se tornaria o motivo da felicidade própria?

Foi tão inesperado, complicado, injustificado, sofrido, nostálgico, acolhedor...
Só queria tudo o que havia vivido, outra vez.

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