quinta-feira, 30 de maio de 2013

O dia em que a dor se tornou constante

Tamanha a perda, que o fez gritar em silêncio, sofrer em demasia a ponto de sentir os órgãos explodirem por dentro, e não mais sentir o ar em seus pulmões.
O tilintar das gotas na varanda fazia o tempo andar devagar e com caltela.
O uivar dos ventos eram fortes o bastante para fazê-lo tremer, e mesmo com as janelas fechadas era possível perceber a tempestade lá fora.
As paredes eram tão frias que não podiam mantê-lo aquecido. Não havia lareira, nem mesmo uma fogueira ou aquecedor, somente a dor que ardia e queimava sem fim.

A beira de um abismo, o corpo suplicava por clamor. Era insuportável aguardar uma resposta que poderia fazê-lo feliz, mas ao passar dos dias trazer a imensurável dor novamente.
Não queria perder a vida outra vez, queria ganhar e vê-la crescer ao passar dos dias.
Era sóbrio,  mas parecia ludibriado com tudo o que se passava.
Só queria a paz, mesmo que não pudesse ter de volta o que se foi, mas estar só com os pesares e o apego para superar. Só uma pessoa o faria assim, mas ela também sofria.

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