Tudo a minha volta parece não existir, tal como as gotas que caem sobre mim, escorrendo por todo meu rosto, trazendo meu cabelo abaixo e escorrendo pelos cantos de meus olhos como lágrimas sofridas.
Que falta me faz as canções durante essa caminhada. Tão forte é o silêncio que facilmente posso ouvir o tilintar das gotas e os murmúrios mais profundos de minha mente em busca de um novo refúgio.
A vida aqui fora permanece mórbida.
As luzes parecem não mais se moverem, mas as sobras que constante e incessantemente me rondam aparentam nunca desistirem de seu objetivo. Sugar-me a alma por inteiro.
Meus pés e minhas mãos encontram-se tão gélidos que mal posso senti-los.
Meus olhos mal podem se fechar tamanho que é o frio. Mas uma parte de mim permanece aquecida. Meu coração. Que alimenta-se do fervor de minha paixão por ti, que demasiadamente o fez sofrer e constantemente o torturou, e mesmo assim continua amando-a como se fosse ontem e nunca houvesse um amanhã.
Minhas palavras se perdem entre meus versos simplórios e emocionalmente fortes, por assim dizer.
E a sinfonia que cantei ao ouvir tuas palavras me trouxeram a neve, que fez-me lembrar do branco de tua pele macia.
E o brilhos dos teus olhos que guardei nem ao menos poderia ser comparado ao da lua, pois seria um grandioso insulto a ti, tamanha tua beleza.
Essa trilha não tem fim, mas este sonho um dia há de acabar. Só espero poder mais uma vez desfrutar da doçura de teus lábios e magnificar-me com teu sorriso antes de fechar os olhos para toda a eternidade.
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